domingo, 31 de agosto de 2008

Cozinha


Aqui vai uma foto do que será a minha cozinha durante a viagem.

Trata-se de um fogareiro à gasolina da marca MSR. Já deve ter quase uns 10 anos, pois foi comprado pelo meu irmão para suas pedaladas. As vantagens desse tipo de fogareiro são óbvias frente aos fogareiros de gás butano com refil. Com a garrafa completamente cheia pode-se cozinhar por quase uma semana. Isso obviamente se não for fazer feijão, que demora uma eternidade pra cozinhar....rsrsrs

Na verdade eu não consigo visualizar um cardápio muito variado, vendo que minhas habilidades na cozinha não são lá essas coisas. Já me defendi bem por um bom tempo quando morei 9 meses em Berlim e cozinhava todos os dias. Claro que agora vai ser um pouco mais difícil, pois levando só uma panela a coisa fica limitada, mas pretendo não ter de me render ao macarrão todos os dias!!! E sabe-se lá o que vou encontrar no caminho para comprar e cozinhar.


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Neuras ofídicas e meteorológicas!!

Passo aqui dois links bastante interessantes pra quem vai se meter numa indiada destas.
O primeiro é um site de treinamento em primeiros-socorros com uma seção bastante interessante sobre picadas de animais peçonhentos.
http://www.ecomed.org.ar/template.asp?F=notas/articulos&ID=global
O segundo é do Serviço Meteorológico Nacional (Argentina), com dados bastante completos do clima de várias cidades argentinas com as médias de precipitação e temperatura de 1960 a 1990 (está na hora dos bichos pensarem em dar uma atualizada!!!).
http://www.smn.gov.ar/?mod=bdatos&id=1
Logo posto os links de todos os relatos de outros viajantes que visitei, seja de bike, moto ou carro.

ZZZzzzZZZZzzzzz......



Bom, ai está o isolante térmico inflável que adquiri. Chegou hoje e já fiz um rápido teste-drive. Ele possue duas válvulas para inflar as colméias. Muito fácil de encher com a bomba de pneu. A única coisa que tive de fazer foi pegar uma válvula de câmara de bike, do tipo Presta (bico fino) e arranca-lá de um câmara velha que tinha. É só tirar toda a borracha da válvula que então entra com facilidade nas válvulas do isolante. Aí é só acoplar a bomba e mandar brasa. Depois coloco uma foto disso!

Apesar do relevo dele ser todo "acidentado" aparentou ser muito confortável, ainda mais utilizando o saco de dormir. Tinha lido em algum lugar que depois de inflar não se conseguia tirar todo o ar de dentro dele, ficando assim um pouco mais volumoso. Bom ,depois do teste só posso concluir que o cara que escreveu isso precisa desenvolver outro método pra tirar o ar de dentro, pois aqui ficou "vaziozinho da silva".

Na semana passada comprei um saco de dormir (SD), pois o que tinha além de não me servir mais era para verão, no máximo meia estação. O SD novo está com as seguintes faixas de temperatura: de 0 a -5 CONFORTO; de -5 a -10 TOLERÂNCIA; de -10 a -15 SE FUDEU....hahahaha (na real é extremo). Isso tudo é muito chute, pois depende de uma série de fatores como o metabolismo do vivente, se está exposto a vento ou dentro da barraca, sobre isolante ou não e por aí vai. Se eu puder dormir de cuecas todas as noite, independende do frio lá fora, já vou me dar por satisfeito!!

Com esse isolante e este SD é provável que eu durma até melhor do que na minha cama! E todo mundo sabe....uma noite bem dormida se resume em um próximo dia de alta quilometragem.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Casa, cama, mesa e banho....




Ontem encomendei a minha barraca. Foi uma decisão demorada e difícil. Primeiro o cara já chega e pensa: Ah, vai essa mais baratinha mesmo!!! Ai então começa a chover lá fora e tu pensa: Pqp!! Será que essa barraca baratinha iria agüentar uma chuva um pouco mais forte? Então vem o vento pra adicionar mais emoção na coisa e tu já te vê enrolado nas lonas da barraca pois ela insiste em não ficar em pé!!!
Bom, pensando em adquiri um treco de mais qualidade, ai se esbarra em preços que nunca antes teria imaginado em pagar em uma mera barraca! Fritando mais os miolos começas a pensar que não vai ser uma simples barraca. Vai ser a tua casa, e no meu caso por cerca de 150 dias!!!
Surge então mais fermento para se investir em um bom equipamento. Cada dia na barraca, vai ser um dia a menos de hospedagem, e isso representa no mínimo uma economia de uns 20R$/dia.
Pegando o preço da dita barraca e dividindo pelo número de dias que se pretende usar ela, o valor encontrado é tão ridículo que nada mais te impede (a não ser o fato de estar sem grana...rsrsrs) de adquirir uma barraca fodona!!!
Optei por uma barraca de um fabricante de Curitiba. Chama-se Manaslu ( http://www.manaslu.com.br/). O modelo é chamado Discovery Light, para duas pessoas que pesa 2,6 Kg. Possui um sistema de armação que passa confiança para situações de vento extremo. A marca tem um conceito alto entre o pessoal!
Um fórum interessante para ler algumas opiniões sobre equipamentos de camping é o fórum http://www.mochileiros.com/ .
Juntamente com a barraca, encomendei um daqueles isolantes térmicos para colocar em baixo do saco de dormir. Por questõe de volume para transporte, optei por um modelo inflável, que quando sem ar ocupa um espaço bem menor do que os modelos auto-infláveis (que possuem uma espuma internamente que se expande fazendo o ar entrar). A marca é Azteq, e o modelo Isolite. Como já vou estar equipado com a bomba pra encher os pneus, não custa fazer um engembração (gambiarra) para usar a bomba no inflamento. Soprar com a boca é uma opção.....mas ai o treco ficaria bem babado por dentro depois de 150 dias de infla-desinfla....arghhh
Esse isolante é um pouco mais pesado que o auto-inflável, mas é menos um "rolinho" que tem de se amarrar sobre os alforjes.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Preparação Física


Mas que diabos faz a foto de um remador neste blog sobre uma cicloviagem pra caixa prego!!!!
Talvez essa tenha sido a exclamação de alguns ao ver esta postagem. Bom, a explicação é bastante simples. Do que geralmente as pessoas reclamam durante ou após pedaladas longas de várias horas? No meu "caderninho" é disparado a famosa dor nas costas o motivo principal de reclamações.
Pois bem! Eu nunca tive problemas com as costas durante longas pedaladas. Dou o mérito a isto ao fato de praticar remo já a muito tempo. Nestes próximos meses antes da viagem, os treinos de remo serão diários (com sessões de musculação também!!).
Muitos cicloturistas optam por bicicletas com uma postura dita mais confortável, onde as costas encontram-se mais levantadas. Eu não acho interessante uma postura mais ereta por um motivo bastante simples, o peso sobre a bunda....rsrsrs. Ainda mais pra um cara com o meu peso, que gira pelos 88Kg. Prefiro distribuir o peso de maneira mais igualitária entre o selim e o guidom.
Além desta vantagem, há a outra relativa a posição mais aerodinâmica, sendo que em uma bicicleta com alforjes e milhares de penduricalhos isso não faz uma diferença tão grande quanto faz quando se tem somente o ciclista e a bicicleta "limpa".
A montagem da bike está avançando a passos lentos, mas uma coisa já dá pra adiantar, vai ficar com uma geometria muito próxima a da minha bike speed, que por sinal acho muitíssimo confortável.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Previsão de tempo e gastos

Tendo determinado o roteiro pude fazer as previsões da quantidade de dias e de dinheiro que vou precisar nessa cicloviagem. Cabe explicar como fiz as divisões de cada trecho. Quando estava traçando o roteiro, com a ajuda do Google Earth e de um bom mapa rodoviário, procurava estabelecer trechos com quilometragem ao redor de uns 120 km por dia. Busquei sempre quando possível terminar o trecho em alguma cidade, povoado ou ao menos na sede de alguma Estância. Não que isso seja estritamente necessário, até porque estarei levando todos os apetrechos necessários pra uma "vida autônoma"....rsrsrs
Ao final cheguei numa quantidade de dias pedalados de 114 (41 na ida e 73 na volta). Considerei que a cada 6 dias haverá um de descanso e em cima disso ainda coloquei uma margem de 10% a mais. No final cheguei a uma previsão de 148 dias. Claro que tudo isso é só um pouco de masturbação mental, pois na hora do pega pra capar nada sai como o previsto.
Quanto aos gastos durante a viagem a conta é bem tosca......chega até a assustar!!
O chute foi de um gasto médio diário de 30R$, a partir daí vocês podem ter idéia da previsão do montante investido na minha saúde e bem estar nestes quase 5 meses.
A idéia inicial é usar a barraca na maior quantidade de dias possíveis e gastar somente com alimentação.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Primeira quase cagada!!!

Hoje fui testar pra ver se os manetes de freio e os V-brakes falavam a mesma língua. Cabe dizer que esta bike será equipa com guidom de bike de estrada. Ao meu gosto são muito melhores pois te dão uma gama maior de "pegadas", do que um guidom de MTB mesmo que equipado com Bar-ends. O caso é que o freios do tipo V-brake precisam de manetes que puxem bastante cabo, ao contrário dos antigos Cantilevers e das Ferraduras de bikes speed. Resumindo, terei de usar freios cantilever (sorte que tenho dois pares que estavam aposentados!). A meleca é que vou ter de fazer uma leve mudança nos terminais do cabo de freio traseiro novamente. Esse quadro era próprio para uso de cantilevers, no entanto a forma como o cabo traseiro se dirigia lá pra trás não me agradava. Agora é que vou ser obrigado a mudar mesmo. Talvez solde, talvez faça uma peça aparafusada para funcionar como terminal do conduíte (capa do cabo de freio). Na real, eu deveria ter experimentado isso antes de pintar o quadro....(eia cavalo vestido!).
Comprei o canote de selim. Optei por um bem comprido (400 mm), para que entre bastante no Seat Tube e não me venha a fuder com o quadro (coisa muito comum quando se usa um canote que entra muito pouco no quadro).

Roteiro definitivo (ao menos essa semana!!!)




Essa semana fiz as devidas alterações no roteiro que havia comentado. Houveram poucas alterações no trajeto de ida. Tinha me esquecida que na na BR-290 (a famosa Free-Way) que liga a cidade de Osório a Porto Alegre, o tráfego de bicicletas é proibido. Optei então por uma rodovia paralela. Uma talvez futura alteração seja a utilização da BR-101 no trecho entre a Lagoa dos Patos e o Oceano, para chegar a cidade de Rio Grande. É um trecho da 101 conhecido como "Estrada do Inferno". Essa fama se deve ao tipo de pavimentação (ou melhor, a falta dela), que até uns 10 anos atrás era de areia e barro. Quando chovia virava uma festa para Jipeiros (e só pra eles)! Hoje em dia o trecho que ainda mantém estas características se resume a meros 60 km. Bom, pegar ou não essa estrada é uma coisa que vai depender de como São Pedro vai se comportar nos dias antecedentes à minha aproximação daquele trecho. Penso também que se a estrada esteja ruim, possa ir pela beira da praia.

No entanto é no retorno que fiz as maiores mudanças. Inicialmente iria só entrar no Chile na altura da capital Santiago. Um dos motivos para isso foi o fato de que os preços no Chile são um pouco mais salgados, ao contrário da Argentina. Vendo fotos e lendo relatos de viajantes que utilizaram a Carretera Austral (Chile) decidi percorre-la. Adicionei então mais umas duas semanas de Chile. Uma vantagem desta troca é a mudança radical no clima. A Carretera Austral fica entre o Pacífico e os Andes, é uma região de chuvas constantes. Ao contrário, na Argentina, o clima é muito seco, chuva é coisa rara. A cordilheira acaba segurando toda a umidade que vem do Pacífico. É mais ou menos o que acontece com o litoral Nordestino do Brasil. E como a ida já vai ser feita toda por uma paisagem muito seca é bom mudar um pouquinho de ares!!!
A quilometragem total ficou em 13.314 km....é coisa!!